Voltei a ouvir recentemente um CD antigo do grupo vocal “Take 6” chamado “So much 2 say” (1990) e concentrei minha atenção na linda “Come unto me”. É uma pena eu não ter encontrado um vídeo disponível para postá-lo aqui. Deixo apenas a recomendação e a imagem da capa. Ao ouvir a música, me dei conta de que se trata de um texto bíblico muito conhecido e citado por muita gente. Foi suficiente para eu passar algumas horas pensando no texto, analisando-o sobre uma perspectiva um pouco diferente da que rotineiramente ouvimos. Segue, portanto, o texto da música, reproduzida do livro de Mateus 11:28-30:
"Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados,
e eu vos aliviarei.
Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim,
porque sou manso e humilde de coração;
e achareis descanso para a vossa alma.
Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve".
e eu vos aliviarei.
Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim,
porque sou manso e humilde de coração;
e achareis descanso para a vossa alma.
Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve".

Quem foi criado em um contexto cristão (católico, protestante ou em qualquer uma de suas múltiplas vertentes) sempre interpreta essas palavras de Jesus como uma mensagem destinada àqueles que não professam uma fé cristã, e que, por isso, trariam consigo um pesado fardo de culpa, impiedade e pecado. Tal interpretação não pode ser totalmente descartada, até porque a palavra “todos” é mesmo muito abrangente! Porém, quando analisamos o contexto do discurso e seu público-alvo, percebemos que há outra ênfase a ser considerada.
Nos capítulos 5 a 7 de Mateus, está o Sermão da Montanha, uma série de ensinamentos que Jesus fazia à multidão que o seguia. A partir do capítulo 8, Ele desce a montanha, a multidão ainda o segue (Mt 8:1), e Ele realiza milagres diante dos olhos de todos. Entre aquelas pessoas, fica muito clara a presença de gente simples que buscava verdadeiramente a Deus através da religião judaica (também com suas muitas vertentes). Muitas dessas pessoas necessitavam de alimento, cura física e esperança. Havia entre eles também alguns líderes da religião, que se infiltravam em meio à multidão para ouvir a mensagem de Cristo por curiosidade, desconfiança e vigilância. A esses religiosos, Jesus direciona suas palavras mais duras, como no capítulo seguinte, de número 12, versículo 34, em que Ele diz “Raça de víboras, como podeis falar coisas boas, sendo maus? Porque a boca fala do que está cheio o coração”.
Pois bem, o ponto a que quero chegar é que, ao fazer o convite aos cansados e sobrecarregados, Jesus se refere principalmente àquelas pessoas simples que buscavam a Deus na religião e que ainda assim se sentiam vazias e sobrecarregadas. Mas, se elas eram devotas e religiosas, como poderiam sentir-se assim? Ora, a religião – toda religião – frequentemente ata pesados fardos às costas dos homens, através de seus preceitos, regras, proibições, dogmas, rigores, ritos e ordenanças vazias. Tais fardos não apenas são duros de carregar, como também não são capazes de proporcionar a desejada aproximação de Deus. Por uma razão simples: a religião trabalha em função do mérito alcançado; já o Evangelho considera a todos não-merecedores, e por isso, oferece a Graça.
Aproximar-se de Deus não é cumprir ritos e ordenanças. Não é ser escravo da vontade caprichosa de um líder espiritual. Não é submeter-se a sacrifícios. Não é deixar de ter alegria; ao contrário, é reconhecer o verdadeiro prazer de viver.
Aproximar-se de Deus é ter rumo, é saber seu lugar no mundo, é ter atitudes de amor em relação a si mesmo e ao próximo, é viabilizar a paz, é gerar frutos de alegria nas pessoas, é ter firmeza e confiança Nele em meio a qualquer situação de dor, é reconhecer a dádiva da vida, é ser pleno. E isso tudo alivia o peso da existência, torna o ar mais puro, a visão mais nítida.
O Evangelho não é uma religião. Jesus não veio fundar o Cristianismo. A igreja que Ele fundou não é Católica ou Protestante. Ele fundou uma comunidade de pessoas que se amavam e que se aproximavam de Deus por reconhecerem Seu amor, por se ajudarem mutuamente e por compartilharem uma missão; e lhes chamou “igreja”. O Evangelho é uma mudança de vida, uma nova compreensão da ação do homem sobre a Terra e de sua relação com o próximo, com a Criação e com o Criador. O Evangelho é a única forma verdadeira de restabelecermos a união perdida com Deus, de nos tornarmos seus amigos pela renovação do nosso entendimento.
Reconheço os riscos de se fazer acréscimos a textos bíblicos, mas baseado no capítulo 23 de Mateus, faço os seguintes comentários, sem medo de errar. Ele diz:
Pois bem, o ponto a que quero chegar é que, ao fazer o convite aos cansados e sobrecarregados, Jesus se refere principalmente àquelas pessoas simples que buscavam a Deus na religião e que ainda assim se sentiam vazias e sobrecarregadas. Mas, se elas eram devotas e religiosas, como poderiam sentir-se assim? Ora, a religião – toda religião – frequentemente ata pesados fardos às costas dos homens, através de seus preceitos, regras, proibições, dogmas, rigores, ritos e ordenanças vazias. Tais fardos não apenas são duros de carregar, como também não são capazes de proporcionar a desejada aproximação de Deus. Por uma razão simples: a religião trabalha em função do mérito alcançado; já o Evangelho considera a todos não-merecedores, e por isso, oferece a Graça.
Aproximar-se de Deus não é cumprir ritos e ordenanças. Não é ser escravo da vontade caprichosa de um líder espiritual. Não é submeter-se a sacrifícios. Não é deixar de ter alegria; ao contrário, é reconhecer o verdadeiro prazer de viver.
Aproximar-se de Deus é ter rumo, é saber seu lugar no mundo, é ter atitudes de amor em relação a si mesmo e ao próximo, é viabilizar a paz, é gerar frutos de alegria nas pessoas, é ter firmeza e confiança Nele em meio a qualquer situação de dor, é reconhecer a dádiva da vida, é ser pleno. E isso tudo alivia o peso da existência, torna o ar mais puro, a visão mais nítida.
O Evangelho não é uma religião. Jesus não veio fundar o Cristianismo. A igreja que Ele fundou não é Católica ou Protestante. Ele fundou uma comunidade de pessoas que se amavam e que se aproximavam de Deus por reconhecerem Seu amor, por se ajudarem mutuamente e por compartilharem uma missão; e lhes chamou “igreja”. O Evangelho é uma mudança de vida, uma nova compreensão da ação do homem sobre a Terra e de sua relação com o próximo, com a Criação e com o Criador. O Evangelho é a única forma verdadeira de restabelecermos a união perdida com Deus, de nos tornarmos seus amigos pela renovação do nosso entendimento.
Reconheço os riscos de se fazer acréscimos a textos bíblicos, mas baseado no capítulo 23 de Mateus, faço os seguintes comentários, sem medo de errar. Ele diz:
“Vinde a mim
(Ele é o rumo, não é verdade que todos os caminhos levam a Deus)
todos os que estais cansados e sobrecarregados
(principalmente aqueles que carregam os fardos doutrinários das religiões e seus rituais vazios)
e eu vos aliviarei
(Ele vai tirar, e não colocar mais ordenanças e jugos)
Tomai sobre vós o meu jugo
(façam o que Jesus manda, e não necessariamente o que mandam os líderes religiosos)
e aprendei de mim
(Ele pode nos ensinar todos os dias, de várias maneiras, em qualquer lugar)
porque sou manso e humilde de coração
(os religiosos profissionais não são mansos e muito menos humildes)
e achareis descanso para a vossa alma
(até agora, apenas cumprir a Lei não lhes deu nenhum descanso, ao contrário)
Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve.
(Ele é o rumo, não é verdade que todos os caminhos levam a Deus)
todos os que estais cansados e sobrecarregados
(principalmente aqueles que carregam os fardos doutrinários das religiões e seus rituais vazios)
e eu vos aliviarei
(Ele vai tirar, e não colocar mais ordenanças e jugos)
Tomai sobre vós o meu jugo
(façam o que Jesus manda, e não necessariamente o que mandam os líderes religiosos)
e aprendei de mim
(Ele pode nos ensinar todos os dias, de várias maneiras, em qualquer lugar)
porque sou manso e humilde de coração
(os religiosos profissionais não são mansos e muito menos humildes)
e achareis descanso para a vossa alma
(até agora, apenas cumprir a Lei não lhes deu nenhum descanso, ao contrário)
Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve.

Que possamos ser livres e sentir a leveza de ter paz com Deus!
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